sexta-feira, 16 de março de 2012

Profissão antes do sucesso

Nem sempre a vida dos jogadores de futebol foi fácil. Alguns tiveram profissões antes de alcançar a tão desejada fama e conseguir viver ( e bem) do futebol. Abaixo colocamos alguns casos de jogadores que até estiveram na última copa na Africa do Sul.

Luis Fabiano foi ser ajudante mecânico. Após ser mandado embora pelo Guarani, o atacante trabalhou por três meses em uma oficina perto de casa, em Campinas.











Gilberto Silva arrumou um emprego em uma fábrica de doces da região. Ganhava um pouco mais de um salário mínimo por mês. Foram dois anos e cinco meses ajudando na produção de balas de caramelo. Até que, aos 19 anos, conseguiu retornar ao América-MG e, finalmente, seguir o caminho do sucesso.
Grafite trabalhou como vendedor de saco de lixo, em Jundiaí, para ajudar a sustentar a família. Só aos 20 anos conseguiu chance no time de Campo Limpo, na quinta divisão paulista.
Gomes ajudava o pai plantar milho e feijão na roça na pequena cidade de Três Marias, em Minas Gerais. Começou cedo, aos sete anos de idade. Quando jogou no Democrata-MG, ele também foi o responsável pela cozinha na concentração do clube. Comprava os pães, passava a manteiga e distribuía os lanches para os demais garotos do elenco.
No sertão nordestino, Daniel Alves começou a trabalhar cedo no povoado de Umbuzeiro. Aos dez anos, ajudava o pai na plantação. Enxada na mão, sol de 40 graus na cabeça. Na terra seca do sertão baiano, plantar melão e cebola para vender era o principal sustento da família de Domingos Silva. Aos 13 anos, Daniel Alves saiu de casa e foi morar com o irmão em Juazeiro para tentar seguir a carreira no futebol. Mesmo assim não parou de tentar ganhar dinheiro fora das quatro linhas. Com as filmagens do longa “Guerra de Canudos”, ele conseguiu um emprego temporário como figurante. Pela pequena participação como um dos soldados, ele ganhava R$ 5 por dia de gravação.
Ramires trabalhou parte da adolescência como auxiliar de pedreiro. Ajudava os tios Jairo e José nas obras pela região para ganhar dinheiro e ajudar no orçamento da família. Debaixo de sol quente, o meia carregava pedra, tijolo..., em recente entrevista disse que isso ajudou muito a crescer e dar valor as coisas.
Lucio também não teve vida fácil. Na adolescência, trabalhou entregando jornal. Acordava às 4h da madrugada. Pegava a bicicleta e saia pedalando pelas ruas do Distrito Federal. A rotina era puxada. Depois, ele ia direto para o Planaltina, clube da região, treinar e seguir com o sonho de virar um jogador. Não foi o único serviço do zagueiro. Ele fazia de tudo um pouco. Já vendeu picolé, ajudava a mãe Maria Olindina no comércio informal de roupas, montava e desmontava barracas.
Em Iracemápolis, uma cidade do interior de São Paulo com cerca de 20 mil habitantes, Elano ajudou o pai Geraldo no cultivo da cana, principal atividade econômica da região. O meia via o esforço da família para garantir o sustento de casa.
O pai de Elano conta que uma vez o jogador quase caiu do caminhão  e que ele gritava pra ter cuidao com aquela perna direita pois ia dar muita alegrias a ele. Acertou.

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Texto Giuliano Gabriel Vendramini

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